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É necessário fazer penitência na Quaresma?

Imagem Pixabay

A partir da Quarta-feira de Cinzas, a Igreja Católica inicia a Quaresma, que se estende até a celebração da Ressurreição de Jesus, onde cada um de nós é convidado a viver um tempo de penitência, reflexão e principalmente de conversão. Uma verdadeira missão para voltar nossa atenção para Deus a partir da oração, do jejum e da caridade.

Observando este tempo quaresmal, nós cristãos relembramos o sacrifício de Jesus Cristo, que se recolheu no deserto, jejuando por 40 dias ao iniciar a sua vida pública e submetendo-se à tentação. Fazer penitência é uma forma de reconhecer nossos pecados e nos colocar diante da Divina Misericórdia. É uma grande oportunidade de purificar nossa alma e celebrar a Páscoa de Cristo.

A busca pela santidade não é um caminho fácil: não basta somente estar na Igreja e deixar que o tempo passe. Na nossa caminhada, a primeira conversão — momento único, que cada um de nós recorda, e em que se percebe claramente tudo o que o Senhor nos pede — é importante; mas ainda mais importantes, e mais difíceis, são as conversões diárias e nas pequenas coisas.

No contexto da Quaresma que vamos começar a viver, fazer penitência é dedicar algum tempo para realizar um gesto de mortificação que faça perceber a finitude diante da grandeza absoluta de Deus. Gestos e ritos penitenciais, nesse sentido, têm profundas raízes judaicas — e mesmo outros povos em outros contextos de religiosidade também praticavam gestos de penitência pessoal ou pública.

O parágrafo 1434 do Catecismo da Igreja Católica é claro a respeito das múltiplas formas da penitência na vida cristã.

“A penitência interior do cristão pode ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros.

Ao lado da purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, ‘que cobre uma multidão de pecados’ (1Pd 4,8)”.

Fonte: A12.com

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