No capítulo I dos Atos dos Apóstolos vem narrada a eleição desse apóstolo, chamado a recompor o número dos Doze, após a defecção de Judas Iscariotes. Pedro sugeriu o método já posto em prática no Antigo Testamento: tirar a sorte entre dois candidatos. Eram estes José, cognominado o Justo, e Matias. Ambos preenchiam os requisitos para a missão apostólica.
“É necessário, pois, que, destes homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu no meio de nós, a começar pelo batismo de João até o dia em que nos foi arrebatado, haja um que se torne conosco testemunha de sua ressurreição.” Antes de tirar a sorte, os apóstolos pediram: “Mostra, Senhor, qual foi que escolheste”.
A sorte recaiu em Matias.
É conveniente saber que, antes de fazer parte do reduzido grupo dos apóstolos, reunidos à espera de Pentecostes, o escolhido seguiu Jesus desde o começo de sua vida pública, em meio ao grupo dos discípulos cujo número aumentava, e dia após dia foi testemunha da ressurreição. Depois da descida do Espírito Santo, igualmente para o apóstolo Matias teve início a missão de pregar o Evangelho na Judéia. Mas desde esse momento não houve mais notícias a seu respeito.
A tradição faz chegar até nós a imagem de um ancião, que segura uma alabarda — símbolo de seu martírio. Mas não é certo que tenha morrido mártir, assim como não se pode comprovar que haja morrido em Jerusalém — ou que santa Helena tenha levado suas relíquias a Tréveris, sob a guarda da abadia que traz seu nome.
Fonte: Arquidiocese de São Paulo