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Nossa Senhora do Carmo

A Ordem dos Carmelitas venera com carinho o profeta Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem-Aventurada Virgem do Carmo. Esse grupo de eremitas construiu neste lugar uma pequena capela que deu o nome de Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.

Entretanto, logo começaram a sofrer perseguições. Mas, o que parecia ser o fim foi, na verdade, um acontecimento usado pela Providência de Deus, pois os carmelitas foram obrigados a ir para a Europa fugindo da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem do Carmelo.

A história da aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão

Simão era um dos mais piedosos carmelitas que vivia na Inglaterra. Devido às fortes perseguições sofridas pela ordem, esses servos de Deus estavam prestes a ser eliminados da face da terra, por isso, clamavam constantemente pela intercessão da doce Mãe de Jesus. Eles usavam uma bela oração da ordem e usam ainda hoje.

Essa prece dizia o seguinte: “Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.”

Assim, a doce Maria Santíssima apareceu rodeada de anjos, entregando um escapulário nas mãos de Simão e lhe disse: “Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno.”

A partir desse milagre, o escapulário assim passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.

Bula de Proteção

Depois da aparição e de numerosos apelos por proteção contra os adversários da Ordem, o Papa Inocêncio IV, no dia 13 de janeiro de 1252, expediu uma bula de proteção que defendia os carmelitas dos problemas que enfrentavam.

São Pedro Tomás

Alguns anos mais tarde, quando São Pedro Tomás (1305–1366) se ocupava de importantes missões na corte papal, Nossa Senhora do Carmo favoreceu novamente os carmelitas.

Preocupado com a ordem, São Pedro Tomás ouviu estas palavras:

“Tem confiança, Pedro, pois a Ordem do Carmo perdurará até o fim do mundo. Elias, que a fundou, obteve esse favor de meu Filho muito tempo atrás”. 

Foi durante o século XIV que muitos, atraídos pela Ordem do Carmo e pelos vários privilégios de que goza, tornaram-se membros dela por meio de confrarias.

Privilégio Sabatino

Outra visão ocorreu, desta vez ao Papa João XXII, no dia 3 de março de 1322. Nossa Senhora revelou aquilo que é hoje conhecido como “privilégio sabatino”: “Eu, Mãe da Graça, descerei ao Purgatório no sábado depois da morte deles. Quem quer que eu lá encontre, eu o libertarei”.

São Roberto Belarmino explicou que a promessa significa “que qualquer um da família de Maria que morra receberá dela, na hora da morte, ou a graça da perseverança no estado de graça ou a graça da contrição final”.

Ao saber dessa visão, o Papa Bento XV encorajou todos a usar “esta armadura simples que goza do singular privilégio de proteger mesmo depois da morte”.

Dezesseis papas deram sua aprovação a este privilégio, inclusive o Papa Paulo V, que emitiu um decreto a favor dele. Muitos santos também o aprovaram. A Ordem do Carmo, por várias razões, não fala mais dele. Entretanto, com base na sua fé na misericórdia de nossos santos pais, os membros fiéis ainda podem acreditar nesta promessa extraordinária.

Fonte: Minha Biblioteca Católica

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