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Espiritualidade | Sacramento do Matrimônio

Caros Irmãos e Irmãs chegamos neste mês ao final de nossa meditação sobre os Sacramentos da Igreja nos referindo ao último deles que é o Matrimônio. Comecemos por afirmar que “Deus é o autor do matrimônio.”  

A importância desta afirmação está em que muitos de nós vê o matrimônio, apenas, na sua esfera terrena, carente de qualquer referência ao sagrado, ou ao Divino. Há, inclusive, certa mentalidade que subjaz do matrimônio como uma realidade incompatível ou menosprezada por Deus. 

Nada mais contrário, já que a própria Sagrada Escritura, do seu começo ao seu fim fala do casamento, do seu mistério e do próprio sentido que Deus lhe dá. A criação do mundo pode-se dizer: começa com o matrimônio de Adão e Eva “homem e mulher ele os criou” ; “não é bom que o homem esteja só”; “o homem deixa seu pai e sua mãe, se une à mulher, e eles se tornam uma só carne”. Já no Novo Testamento a vida pública de Jesus começa participando de uma festa de casamento, de um matrimônio onde se encontra Ele, seus discípulos e sua mãe. A História da Salvação é encerrada com a visão das “núpcias do Cordeiro” no Apocalipse. Portanto, o matrimônio não é apenas uma instituição humana, embora se apresente de diferentes maneiras em culturas e sociedades distintas, subsistindo sua dignidade e seu caráter unitivo.

Outra característica do Matrimônio que não podemos deixar de falar é com certeza a imagem que ele é do amor entre Deus e a Igreja, ou seja, entre Deus e a humanidade, entre Deus e você. Já pensou nisto? Sim! O amor de Deus por nós é sempre comparado com o amor humano existente entre o homem e a mulher. Por isso a importância e a insistência dos elementos da unidade e da indissolubilidade, já que Deus ama o homem com um amor que é naturalmente dotado das características de unidade e indissolubilidade.

O Senhor que ama seu povo, assim como os cônjuges, faz aliança com a humanidade, também como o homem e a mulher fazem aliança entre ambos. Aliança esta feita de amor, onde um se entrega por inteiro ao outro, como Cristo levado por seu amor extremo a sua esposa que é a Igreja entrega-se por inteiro no alto da Cruz como forma visível de amor que se sacrifica por quem ama. Outra imagem deste amor entre Cristo e a Igreja que pode ser contemplada por nós é a perpetuação de sua entrega na Eucaristia: “Isto é o meu Corpo que é entregue por vós” e a comunhão íntima que se cria entre a alma que o recebe e Ele que se dá. 

Por tudo isso, São Paulo nos dirá: “Este sacramento é grande, mas eu o digo em relação a Cristo e à Igreja.”

Ir. Ana Paula, FPSS (TOCA DE ASSIS)
Graduada em Filosofia e Bacharel em Teologia

 

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