Pesquisar
Close this search box.

Agosto Mês das Vocações

“… E chamou os que Ele quis.” (Mc 3,13)

31A história de cada um de nós começa em Deus, nos abismos da eternidade. Fomos pensados singularmente por Ele, escolhidos para integrar seu Plano, colocados em tal tempo e em, tal espaço para cumprir uma missão especial. Por sua obra de paternal Providência, Deus prepara os caminhos, inclina os planos e ordena as causas. Quando vem ao mundo um novo ser humano, é Deus quem o chamou à vida, criando uma alma imortal e infundindo um novo ser. Neste chamado está contido todo o futuro do homem segundo o Plano de Deus, Plano universal sobre a humanidade e plano particular sobre cada um. O chamado a integrar livremente este Plano se chama vocação

Deus chama o homem que poderá escutar esse chamado, descobrir essa vocação e aceitá-la. O homem pode responder sim ou não a este chamado. Dizer a Deus sim e comprometer-se com Ele por toda a vida, é fruto de maturidade pessoal e de um coração acostumado a tratar com Deus. A primeira atitude de uma pessoa que se interroga sobre sua vocação é uma atitude de fé, ou seja, deve estar segura que Deus tem um designo pessoal para ela e que ela mesmo tem que descobrir. A essa atitude de fé deve se unir a oração, ao diálogo pessoal com Deus. Fé viva e oração filial provocam a reflexão, a busca e o esforço pessoal. A busca da vocação deve ser serena, tranquila, confiada. 

Família Religiosa do Verbo Encarnado

O Espírito Santo continua suscitando na Santa Igreja várias formas de vida consagrada, expressando o amor a Deus e ao amor do próximo (VC 5). Deste modo a vida consagrada é um dom para a Igreja, assim nasceu o Instituto Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, comunidade religiosa de Direito Diocesano, foi fundada pelo Rev. Padre Carlos Miguel Buela em 19 de março de 1988 em San Rafael, Argentina. O Instituto Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará (SSVM) e o Instituto do Verbo Encarnado (IVE), integrado por religiosos sacerdotes e irmãos, junto com a Ordem Terceira constituem a Família Religiosa do Verbo Encarnado. Os dois Institutos religiosos compartilham o mesmo carisma, têm constituições gêmeas e incluem ramos ativos e contemplativos (monges e monjas), professam os conselhos evangélicos: os votos de pobreza, castidade e obediência e um quarto voto de consagração a Nossa Senhora em materna escravidão de amor. Nosso carisma é a evangelização da cultura, ou seja, prolongar a Encarnação do Verbo em todo homem, em todo o homem e em todas as manifestações do homem, nas famílias, na educação, nos meios de comunicação, nos homens de pensamento, nos hospitais, nos lares de crianças especiais, creches, com os idosos, nos colégios e universidades, em paróquias, com catequeses e oratórios, exercícios espirituais e missões populares e em toda outra legítima manifestação da vida do homem. Busca com que cada homem seja uma nova Encarnação do Verbo, sendo essencialmente missionárias e marianas. As cores do nosso hábito representam o mistério da Encarnação: a cor azul, a divindade de Cristo, e a cor cinza, a sua humanidade.

Pe. Buela fundou as Servidoras com o “único desejo de dar a Jesus Cristo esposas segundo o seu Coração”; é por isso que a vocação principal das religiosas é a de ser esposas de Cristo e mãe das almas, através dos votos e de sua consagração, realizando, de modo especial, a sua própria feminilidade. 

Nós, como religiosas, acreditamos que nossa vocação principal é ser a “Esposa de Cristo”. Entregando-nos totalmente a Cristo, Redentor do Homem e Esposo das Almas, pelos votos que realizamos. Este é um dom esponsal: “A mulher, chamada desde o princípio a amar e a ser amada, na sua vocação virginal encontra Cristo acima de tudo, como Redentor que amou até o fim pelo dom total de si, e responde a este dom com o dom sincero de si mesma” (Sobre a Dignidade da Mulher, Mulieris Dignitatem (1988).

Vivendo assim os conselhos evangélicos que são um dom da Santíssima Trindade. A vida consagrada é anúncio daquilo que o Pai, pelo Filho no Espírito, realiza com o seu amor, a sua bondade, a sua beleza. De fato, «o estado religioso patenteia (…) a elevação do Reino de Deus sobre tudo o que é terreno e as suas relações transcendentes; e revela aos homens a grandeza do poder de Cristo Rei e a potência infinita com que o Espírito Santo maravilhosamente atua na Igreja » 

A primeira tarefa da vida consagrada é tornar visíveis as maravilhas que Deus realiza na frágil humanidade das pessoas chamadas. Mais do que com as palavras, elas testemunham essas maravilhas com a linguagem eloquente de uma existência transfigurada, capaz de suscitar a admiração do mundo. Deste modo, a vida consagrada torna-se uma pegada concreta que a Trindade deixa na história, para que os homens descubram o atrativo e possam sentir o encanto e a nostalgia da beleza divina (VC 20).

 

Irmã Maria Geratriz de Deus, SSVM
(Instituto Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará)

Facebook
Twitter
Email
WhatsApp