Quinto aniversário de promulgação
[19 de março de 2021-junho de 2022]
Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
À imitação da Sagrada Família, somos chamados a redescobrir o valor educativo do núcleo familiar: ele deve fundar-se no amor que sempre regenera as relações e abre horizontes de esperança. A comunhão sincera pode ser experimentada na família quando é uma casa de oração, quando os afetos são sérios, profundos e puros, quando o perdão prevalece sobre a discórdia, quando a dureza diária da vida é suavizada pela ternura mútua e pela serena adesão à vontade de Deus.
É verdade, em todas as famílias há problemas, e por vezes até discussões. “Padre, discuti…” — somos humanos, somos fracos e às vezes todos nós discutimos em família. Digo-vos uma coisa: se discutirmos em família, não terminemos o dia sem fazer as pazes. “Sim, discuti”, mas antes que o dia acabe, faça as pazes. E sabes por quê? Porque a guerra fria do dia seguinte é muito perigosa. Não ajuda. E depois, na família há três palavras, três palavras a conservar para sempre: “com licença”, “obrigado”, “desculpa”.
Estas reflexões serão postas à disposição das comunidades eclesiais e das famílias, para as acompanhar no seu percurso. Desde já, convido todos a aderir às iniciativas que serão promovidas durante o Ano e que serão coordenadas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Confiemos à Sagrada Família de Nazaré, em particular a São José, esposo e pai solícito, este caminho com as famílias do mundo inteiro.
E hoje confio ao Senhor todas as famílias, especialmente as mais provadas pelas dificuldades da vida e pelas feridas da incompreensão e da divisão. O Senhor, que nasceu em Belém, conceda a todas a serenidade e a força para caminhar unidas na vereda do bem.
Trechos do Angelus de 27/12/2020