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Espiritualidade: O Sacramento da Cura ou da Reconciliação

Caros irmãos e irmãs em Cristo, a paz!

 

Damos mais um passo nas meditações que estamos realizando em torno dos sete sacramentos da Igreja que contêm o grande mistério pascal e por isso mesmo é fonte de cura e de perdão para todos homens que os procuram de coração sincero. 

O sacramento que meditaremos hoje é exatamente aquele chamado “da reconciliação”, “da cura” ou “sacramento da confissão”, isso porque este sacramento está associado ao convite de Jesus feito a nós à conversão, à penitência, onde o homem consciente de seu pecado e de ter ofendido a Deus vai diante do sacerdote e humildemente declara que pecou, ofendeu a Deus e pede perdão; assim em nome do Senhor lhe é concedido o perdão e a paz!

Padre Adenilson – Pároco da Igreja Senhor do Bonfim, durante a missão de atender confissão no calçadão de Osasco (foto tirada em 29/02/2020)

Que belo sacramento! Quão profundo e confortador é sabermos que podemos, sempre que necessário, recorrermos ao Senhor e nos reconciliar com Ele depois de O ter ofendido de alguma maneira. Lutemos para não pecar, mas como diz o Salmo 51 “meu pecado está sempre a minha frente” e São João: “quem diz não ter pecado, já cometeu pecado” (I Jo 1,10).

A história da reconciliação do povo com Deus perpassa toda a história de Israel e, portanto, a história da Igreja, novo povo de Deus, ou seja, de cada um de nós. O homem pecador sempre pôde voltar-se para Deus e pedir: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.  Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado” (Salmo 51), isso porque o pecado é, sobretudo, uma ofensa ao amor de Deus por nós e uma ruptura com Ele.

 Jesus Cristo é o grande perdão do Pai para a humanidade, já que “Ele levou pessoalmente todos os nossos pecados em seu próprio corpo sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e, então, pudéssemos viver para a justiça; por intermédio das suas feridas fomos curados” (I Pd 2, 24).

Assim irmãos e irmãs só podemos imaginar quão imensos são os benefícios que estão contidos neste sacramento: “Quem é este que até perdoa pecados?” (Lc 7). Entretanto, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados – disse então ao paralítico: “Levanta-te, toma a tua maca, e vai para tua casa” (Mt 9, 6). Por isso, também, por fim, sacramento da cura. “O que é mais fácil: dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda’? (Mc 2, 1-12). O Senhor continua a dizer-nos essas palavras… Somos curados para amar.

Ir. Ana Paula – Toca de Assis

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