Pesquisar
Close this search box.

18ª Romaria Diocesana – Maria, mãe e modelo de comunhão

Passageiros ansiosos, romeiros de mochilas prontas, viajantes de muitos anos de tradição, ou novos participantes, começa a se movimentar a Diocese de Osasco na 18ª edição da Romaria Diocesana ao Santuário Nacional de Aparecida. Se colocássemos os ônibus em fila, na estrada, daria em torno de 15 quilômetros, sem contar os carros particulares e vans que se somam ao cortejo. E nossa gente de Osasco, na missa transmitida pela TV Aparecida, às 9 horas do dia 7 de maio, vai mais uma vez chamar a atenção do Brasil inteiro, quando se destacarem no meio daquela imensa multidão de romeiros, vindos de todo o Brasil. Estamos ansiosos porque nos últimos dois anos tivemos uma romaria só virtual, agora podemos de novo por o pé na estrada e nos deixar levar pela alegria fraterna de compartilhar a fé e o amor a Maria.

Foto: Iolanda Cavalcante

 

O que levaremos de presente para nossa Mãe?

Acabamos de realizar a Semana Santa com empenho, emoção e muitas conversões. Vamos levar a ela a nossa gratidão. Estivemos, na Semana Santa, percorrendo o caminho da Via Sacra de seu Filho. Ela também estava lá. Fiel, amorosa, sofredora, ninguém melhor que ela para consolar nossas dores. Ouvimos de Jesus a palavra dirigida a ela: “Mulher, eis aí o teu Filho”. Éramos nós, ao pé da cruz com João, o discípulo amado. E para nós Ele disse: “Eis a Mãe de Vocês”. Quando estivermos na Basílica Nacional cantando “Viva a Mãe de Deus e Nossa!” por certo deveremos lembrar desse último e maravilhoso presente deixado a nós por Jesus antes de sua morte. Mas também nos enchemos de alegria e esperança ao ouvir o canto do Aleluia: “Ele não está aqui, Ressuscitou!”, disseram os anjos às mulheres. E é essa grande notícia que carregamos no coração ao levar o nosso agradecimento à Mãe Aparecida. 

 

Levamos também os 33 anos de nossa Diocese e o novo Plano de Pastoral 

Nossa Romaria sempre acontece no início de maio porque comemoramos cada ano a criação e instalação da nossa querida Diocese de Osasco. O decreto de criação do Papa São João Paulo II, foi na data de 15 de março de 1989. E a instalação definitiva da Diocese se deu em 1º de maio, dia de São José Operário. A Romaria é também um agradecimento nosso por essa providência tão generosa do Santo Padre. E por essa razão, mesmo que aconteçam outras romarias durante o ano, sempre insistimos que as paróquias abracem essa data, para realizarmos nossa peregrinação juntos. Nesse ano, levaremos também às mãos de Maria o nosso 9º Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. Ele foi aprovado há dois anos, e ficou guardado, em razão da pandemia. Agora, com o Plano nas mãos, vamos caminhar mais unidos. Junto com o novo Plano de Pastoral, também colocamos nossa participação ativa no processo de preparação para o Sínodo de 2023. A palavra “sinodalidade”, antes meio desconhecida e até estranha para muitos, agora tem se tornado bem familiar. É preciso que alinhemos ainda mais o nosso pensamento com esse caminho que a Igreja fará nos próximos meses, o caminho sinodal. Não é uma novidade, na Igreja, porque ela, a Igreja, já nasceu sinodal. A Igreja é essencialmente o povo que caminha com Cristo à frente. E o caminho é um só. Porém é um fato que, no decorrer dos tempos, tomamos atalhos, nos dividimos em tendências diversas, preferências doutrinais, linguagens diferentes, que chegam ao conflito. Nesse ponto, é preciso voltar a ouvir o próprio Cristo, ouvir-nos uns aos outros, recolher nossas diferenças, amar o caminho único que o Senhor nos chamou a trilhar. É o convite do Sínodo, a sinodalidade. 

 

O que Maria tem a nos oferecer?

A pergunta parece tão óbvia que nem deveria ser colocada. Ela já nos ofereceu tudo, ao nos dar seu Filho, nascido do seu ventre santíssimo. Ela nos deu a existência humana dele, com os seus cuidados, seu leite, seu amor de mãe, suas lágrimas… Mas ela oferece ainda mais.  

Aquilo que ela ofereceu a seu filho, é uma lição prática e perfeita para todos nós: sua humildade em acolher os planos de Deus, como verdadeira serva, sua fidelidade em cada gesto, sua participação nos passos mais marcantes da história da Redenção, sua presença viva na mesa dos Apóstolos e na vida da Igreja nascente, desde Pentecostes, são outras grandes lições que ela tem a nos oferecer quando vamos visitá-la em seu Santuário. 

Nós escolhemos como tema da Romaria deste ano: “Maria, Mãe e Modelo de Comunhão” porque vemos nela a realização completa do caminho que queremos trilhar através do 9º Plano para uma mais intensa comunhão diocesana. Este espírito de comunhão não acontece por si, como uma floração espontânea, assim como um jardim bonito não acontece deixando espontaneamente tudo crescer. Precisa ser cultivado com zelo, podado com cuidado, tratado com inteligência, criatividade, suor e lágrimas. É assim a Diocese em comunhão. Maria é modelo de comunhão, incentivando os apóstolos a “fazer o que seu Filho disser”, estando ao lado deles quando receberam o Espírito Santo, mostrando em si mesma, levada ao céu em corpo e alma, o destino de todos nós que ressuscitamos com Cristo.

Frei Galvão, filho e servo de Maria
Dia 7 de maio, se você estiver presente na Romaria a Aparecida, visite também o Santuário de Frei Galvão em Guaratinguetá. Vale a pena conhecer este local, agora todo renovado, que fica bem perto de Aparecida. O romeiro pode ali conhecer melhor o primeiro santo brasileiro, nascido naquela cidade, pode encontrar ali as conhecidas pílulas de Frei Galvão, que são uma forma original de rezar à Mãe de Deus, ensinada por Frei Galvão, que já salvou muitas vidas. Mas sobretudo poderá conhecer, em Frei Galvão, uma alma franciscana, devotíssimo da Virgem Imaculada, que ficará na lembrança e na oração de quem por lá passar.

Que nossa Mãe Aparecida e o Santo Frei Galvão protejam-nos na viagem, aqueçam os nossos corações, nos façam fraternos irmãos e fiéis à nossa missão. Até lá!

 

Dom João Bosco, ofm
Bispo Diocesano de Osasco

 

Facebook
Twitter
Email
WhatsApp